Coritiba encerra parceria e inicia projeto próprio no futebol feminino
Após conquistar o Campeonato Paranaense Feminino, o Coritiba encerra parceria com o Imperial e anuncia a criação de uma equipe própria O Coritiba decidiu e...
Após conquistar o Campeonato Paranaense Feminino, o Coritiba encerra parceria com o Imperial e anuncia a criação de uma equipe própria
O Coritiba decidiu encerrar a parceria com o Imperial no futebol feminino poucos dias depois da conquista do Campeonato Paranaense. As Gurias do Coxa levantaram o troféu no último domingo (14), ao vencerem o Toledo por 4 a 1, no Trieste Stadium. A definição pelo encerramento do vínculo foi tomada em comum acordo entre as partes. O contrato se encerra oficialmente no dia 31 de dezembro, marcando o fim de uma parceria iniciada em 2022. Mesmo com o título, a diretoria alviverde optou por seguir um novo caminho estrutural.
Com o fim da parceria, o Coritiba passará a investir em um time feminino totalmente próprio a partir da próxima temporada. Internamente, a avaliação é de que esse processo já vinha sendo iniciado ao longo de 2025, com a busca direta por atletas no mercado. Algumas jogadoras, inclusive, chegaram ao clube após o encerramento do projeto feminino do Athletico. A ideia da diretoria é dar mais autonomia esportiva e administrativa à modalidade, alinhando o feminino ao restante da estrutura do clube.
O Coxa já conta com um staff dedicado exclusivamente ao futebol feminino e planeja ampliar o número de profissionais envolvidos no projeto. Um dos pilares dessa nova fase é o programa “Sementes da Glória”, que utiliza o Imposto de Renda (IR) como ferramenta para captação de recursos. A iniciativa busca fortalecer a modalidade de forma sustentável, garantindo melhores condições de trabalho, formação e desenvolvimento das atletas. A diretoria entende que o investimento estrutural será fundamental para competir em nível nacional.
Gurias do Coxa. Foto Jéssica Dombrowski/CoritibaAcesso à Série A exige novo patamar
O retorno do Coritiba à Série A do Campeonato Brasileiro impõe, por regulamento da CBF, a manutenção de uma equipe feminina ativa. Essa exigência está em vigor desde 2019 e reforça a necessidade de projetos sólidos na elite do futebol nacional. Diferentemente de clubes como Athletico e Chapecoense, que precisarão iniciar seus projetos do zero ou buscar novas parcerias, o Coxa avalia estar “passos à frente”. A experiência recente no estadual e no Brasileirão A3 contribuiu para essa percepção.
A coroação do trabalho desenvolvido veio com uma campanha invicta no Campeonato Paranaense Feminino, culminando no primeiro título da história do clube na modalidade. Apesar da eliminação nas oitavas de final da Série A3 do Brasileiro, diante do Itabirito-MG, o desempenho estadual reforçou o potencial do projeto. A expectativa agora é de crescimento competitivo, com planejamento voltado para disputas nacionais mais consistentes a partir de 2026.
O encerramento da parceria com o Imperial marca o fim de um ciclo importante para o futebol feminino do Coritiba. Em nota oficial, o clube de Curitiba destacou que a decisão foi tomada de forma conjunta, ressaltando o respeito e o profissionalismo ao longo dos últimos anos. “Foram vivenciadas importantes experiências, contribuindo para o desenvolvimento esportivo e institucional de ambas as entidades”, afirmou o Imperial. O clube amador seguirá focado na formação de atletas e em seus projetos esportivos e sociais.
Projeção nacional
Para o Coritiba, a mudança representa um novo capítulo. Com título estadual, acesso à Série A e uma estrutura em expansão, o clube aposta na consolidação de um projeto próprio no futebol feminino. A diretoria entende que o momento é oportuno para dar um salto qualitativo, alinhando resultados esportivos, responsabilidade institucional e desenvolvimento da modalidade a longo prazo.
